Neste inicio de século XXI, pensar o progresso societal novamente tornou-se uma necessidade. Não podemos continuar a assimilar o progresso ao crescimento económico da produção de riquezas, medido pelo PIB, que prevaleceu com um certo sucesso no século passado. Isso levo a uma crise multi-dimensional (económica, social, ambiental, cultural, é até mesmo civilizacional) que ameaça os equilíbrios profundos das nossas sociedades e exige pensar doutra forma os objectivos sociais. « Qualquer pessoa que pensa que um crescimento económico exponencial pode perdurar sem fim num mundo não infinito é um loco o um economista »
Os progressos alcançados concentraram-se na produção de bens e serviços mas não nas economias de recursos e ainda menos no consumo e as suas relações com a satisfação e o bem-estar. Pelo contrario, as necessidades do crescimento da produção incitou a um aumento do consumo até chegar a um ponto em que a situação tornou-se aberrante e insustentável.
O modelo de progresso baseado sobre o crescimento da produção dos bens e serviços parte de pressuposto sobreintendido e não demonstrado, o seja que o bem estar dos seres humanos limita-se a satisfação das necessidades materiais (alimentação, saúde, alojamento, vestuário, salários, etc.). Portanto, se isso parece ser uma prioridade uma situação de subdesenvolvimento, rapidamente a necessidade de responder a outras dimensões de bem-estar ressurge, enquanto são demasiadas vezes ignoradas, e mesmo maltratados, como por exemplo : a necessidade do reconhecimento, a dignidade humana, a necessidade de relações humanas, a possibilidade de exprimir-se e agir na sociedade, no ambiento, etc.
Pensar novamente o progresso no contexto do século XXI implica então conceber o crescimento não mais em termos de produção de riquezas mas em termos de melhor utilização dos recursos e das riquezas que já existem para permitir a todos de ter acesso a uma vida mais digna e ao bem estar sem comprometer o bem estar das gerações futuras.
E por essa razão que o objetivo de progresso promovido por SPIRAL e a conquista de três “filões inexplorados” do progresso societal que sao : 1- uma melhor eficácia na utilização dos recursos 2- uma melhor adequação dos nossos modelos de consumo o nosso bem esta 3- uma melhor atenção as dimensões imateriais do bem estar, muitas vezes ignoradas.
Hoje em dia, construir uma sociedade que seja capaz de ir para a frente representa um verdadeiro desafio da humanidade !